CET testa semáforo inteligente para pedestres e apresenta modelo portátil

Novidades foram debatidas em evento interno no começo de outubro.
A Companhia de Engenharia de Tráfego realizou o Fórum Redução de Acidentes/Mobilidade Segura, no dia 02 de outubro, no mezanino do prédio da rua Barão de Itapetininga. O encontro foi dividido em duas partes:
A primeira apresentou um trabalho feito pelos Departamentos de Controle Semafórico (DCSs) a partir da análise dos cruzamentos com maior nº de acidentes com vítimas nos anos de 2016 e 2017. Dos 62 mais perigosos em 2016, 51 (82%) deixaram o ranking em 2017. O cruzamento das ruas João Boemer com Santa Rita, por exemplo, foi o 1º no ranking de 2016, com 12 ocorrências e 15 feridos. Já em 2017, foram cinco acidentes, desses um após a colocação de um semáforo em agosto do ano passado. Todos os cruzamentos analisados estão sendo objeto de abordagens específicas pelos técnicos da Companhia e devem receber melhorias.
Uma novidade citada nesse Fórum foi o Semáforo Puffin, um semáforo inteligente de pedestres que está em teste na Al. Santos próximo à Rua da Consolação desde setembro. Dotado de sensores que monitoram o pedestre no passeio e atravessando, o equipamento é capaz de cancelar uma demanda após acionada, quando o pedestre aperta a botoeira mas atravessa na brecha existente. Outra função é um melhor equacionamento no tempo de travessia. No dia 30/10/18, esse assunto será o tema do 6º Fórum Interno de Tecnologia (FIT), apresentado pela Gerência de Planejamento e Projetos Tecnológicos (GPT/STE) – responsável pelo projeto do Puffin.
A segunda parte do evento abordou o Semáforo Portátil, que vem sendo objeto de testes pelo Departamento de Desenvolvimento de Tecnologias (DDT/GGT) para, no futuro, facilitar o trabalho da Operação em situação emergencial.
“Esse modelo de semáforo está em teste para facilitar o trabalho da Operação, a segurança dos nossos agentes bem como apoiar a manutenção em campo”, afirma o gerente de Gestão de Tecnologia da CET, Eder Carlos de Souza.
O produto funciona mediante operação assistida, ou seja, o agente de trânsito controla a programação de um dispositivo móvel tipo PDA (um smartphone), através de um aplicativo. O semáforo portátil é dotado de uma pequena caixa na base, onde está a bateria com até 30 horas de autonomia. A estrutura toda pesa cerca de 50 kg e tem rodinhas, podendo ser arrastado.
O conjunto semafórico mínimo é composto por um semáforo portátil principal (nº 1) e outro que trabalha como complemento (nº 2) – a capacidade máxima do conjunto é de 4 portáteis principais e 4 complementos, com 8 grupos focais.
São dois modos de operação: manual e automático, e a vantagem é que o agente pode operá-lo de dentro da viatura (numa chuva ou à noite, o agente nem precisaria sair da sua viatura p/ operacionalizar um cruzamento apagado). Outra vantagem é que o agente não precisa ficar no cruzamento fazendo vezes de semáforo, porque ali haveria um portátil comandado por controle remoto (operação assistida). O modelo portátil também pode ajudar na operacionalização de eventos de maior impacto no trânsito.
Por enquanto, os testes vêm ocorrendo no laboratório do DDT. A intenção é, em breve, testá-lo em campo. Antes da sua adoção efetiva, no entanto, são necessários além de mais testes um protocolo (Procedimento Operacional Padrão – POP) de como se dará o passo a passo do acionamento (demanda por esse equipamento) entre as áreas operacionais da CET.