Dispositivo, parte do uniforme operacional há pouco mais de três meses, pode gravar até 12h de imagens e transmitir eventos ao vivo. 

Em 9 de dezembro de 2024, 1.573 agentes de trânsito passaram a utilizar câmeras corporais como parte do seu uniforme. A locação de dispositivos para gravação das atividades operacionais da CET, de sistema de coleta de dados e de sistema digital de gerenciamento de evidências, com a disponibilização de treinamento, manutenção e software para gestão de dados, é o objeto de um contrato celebrado em 23 de setembro do ano passado, válido até 23 de setembro de 2029.

Durante 60 meses, 1.200 câmeras corporais captam imagens da rotina do corpo operacional em campo e dos eventos acompanhados pela CET no sistema viário.

A ideia é que a presença e o uso do equipamento pelos agentes funcionam como um elemento adicional de segurança, podendo inibir comportamentos agressivos, bem como a prática de atos contra a integridade física e moral dos agentes.

As imagens captadas são armazenadas em um servidor na nuvem por 30 dias. Esse prazo pode ser estendido para 90 dias caso a imagem contenha alguma evidência marcada.

Evidência é quando ocorre algum fato significativo e extraordinário, como uma agressão física ou verbal, ou alguma outra tentativa de intimidação contra o agente de trânsito. Ou seja, é aquilo que o agente sofreu em campo e que pode servir como prova para um eventual processo jurídico.

Além disso, as imagens geradas podem, após o devido tratamento, servir de subsídio para o treinamento e reciclagem das equipes operacionais, trabalhando na correta pontuação dos aspectos positivos e negativos das ações observadas.

O emprego das câmeras corporais, no dia-a-dia dos agentes, atende aos seguintes objetivos:

Aumentar a transparência das ações dos agentes de trânsito.

Constituir evidências para proteção dos agentes nos casos de divergência de informações.

Mitigar a reação das pessoas em situação irregular, reduzindo possíveis agressões aos agentes pela percepção de que estão sendo filmadas.

Particularidades tecnológicas – Pesando cerca de 220 gramas, uma câmera corporal tem bateria suficiente para gravar até 12 horas de imagens seguidas. Caso o agente precise prolongar sua jornada de 6h40, a câmera continuará funcionando.

Outra característica é que o dispositivo pode fazer a transmissão ao vivo do agente (não só gravação). Isso permite, por exemplo, que a chefia possa acompanhar a transmissão ao vivo de uma atividade ou evento operacional, por um computador ligado noutro local.

As câmeras corporais contêm um sistema e rastreamento via GPS em tempo real. Elas estão distribuídas entre as áreas de Sinalização e todas as Gerências de Engenharia de Tráfego (GETs), Gerências de Obras (GOB), de Transportes Especiais (GTE) e de Estacionamento (GES). Cada área distribui as câmeras para as equipes que estão em campo no turno do momento.

Sem contar os 160 agentes de trânsito que pilotam motocicletas durante o expediente também portam câmeras corporais. Havendo qualquer ocorrência durante o trajeto, a gravação dá mais elementos em caso de acidente com o usuário ou munícipes.

Nem todas as 1.200 câmeras corporais são utilizadas simultaneamente, de maneira que enquanto umas estão em uso, outras estão recarregando a bateria e descarregando as imagens, para que o próximo turno tenha disponibilidade.

Dotadas de e-chip, as câmeras transmitem dados pela rede 5G.

Na Intranet, o Procedimento Operacional Padrão para câmera portátil de lapela (body cam) é POP 017.

Fotos: Marcos Mattos