O dia a dia na Central de Manutenção Semafórica da cidade de SP

São Paulo possui o maior parque semafórico do Brasil: são 6.486 cruzamentos com semáforos, 590 interseções com amarelo piscante e 4.298 controladores. Para cuidar desse complexo, a CET inaugurou em 07/11/2013 a Central de Manutenção Semafórica, que trabalha 24 horas atendendo todas as ocorrências semafóricas reportadas à Central de Operações por agentes em campo, munícipes e veículos de imprensa.
A sala funciona no nº 7.163 da Av. Nações Unidas, em Pinheiros, de onde são coordenadas 30 equipes de manutenção (entre próprias e terceirizadas) responsáveis pelo reparo a semáforos com falhas classificadas como de prioridade 1 (que compromete a segurança viária, a exemplo de semáforos apagados, em amarelo intermitente, embandeirados, estacionados ou conflitantes) – equivalentes a 70% do total de atendimentos – ou P2 (ocorrências de menor impacto), que correspondem a 30%.
Organizadas ali, as ordens de serviços são expedidas e acompanhadas até o fim. São duas horas de prazo para um primeiro atendimento no local, após a Central receber a notificação de falha existente: “Não existe deadline pra solução do problema, isso depende da complexidade de cada situação”, explica Daniel Sato, um dos gestores na Gerência de Engenharia de Sinalização (GSI/SSI).
Informação precisa é crucial – Seja qual for a pane constatada, sua comunicação à Central feita, muitas vezes, por um agente de trânsito presente no local deve prezar pela objetividade e precisão máximas: “É de suma importância que os agentes sejam claros na narrativa, possibilitando às equipes acionadas irem com as ferramentas e materiais adequados para providenciar o conserto em menor tempo possível”, reforçam Sato, Reinaldo Bertelli e Evandro do Nascimento, estes dois técnicos experientes na CET.
Para aperfeiçoar a dinâmica da manutenção semafórica, está em elaboração um treinamento voltado às equipes operacionais na intenção de orientá-las sobre informações úteis para abertura dos talões e esclarecer dúvidas da Operação quanto ao atendimento pela Sinalização.
Suporte ágil – Outra iniciativa é dispor de equipes locomovendo-se em motocicletas, atuando na logística e suporte da manutenção em campo, de manhã e à tarde.
Com isso, o tempo total para reparo de falhas mais simples tende a ser menor, na medida em que há pessoal capacitado a identificar e sanar defeitos eletrônicos, elétricos ou de componentes do controlador, emendar cabos partidos e outros reparos simples, além de efetuar vistorias prévias para identificar as causas dessas falhas, deslocando-se de modo mais ágil do que as equipes convencionais de caminhão.
Você sabia?
- De janeiro a julho deste ano, a CET registrou 1.034 furtos/roubos de componentes semafóricos, sendo 323 em controladores e 711 em cabos elétricos. Em 2017, foram 761 ocorrências de vandalismo (577 casos por furto de cabos e 184 nas caixas de controle dos equipamentos);
- O vandalismo de um controlador pode afetar o funcionamento de até cinco semáforos numa mesma região;
- No PAT Leopoldina, uma oficina de sinalização própria cria soluções peculiares para proteger os semáforos da cidade, com a confecção de colunas especiais para o alteamento de controladores.
Fotos: Marcelo Fortin e GSI