A Diretoria da CET recebeu, na manhã do dia 26 de abril, a visita de técnicos da Secretaria de Mobilidade Urbana da cidade de Santo André interessados em trocar experiências sobre a Faixa Azul. Inspirado no modelo paulistano, o município vizinho será o primeiro, fora da capital paulista, a implantar uma Faixa Azul de 5 km de extensão na Av. Prestes Maia, por onde circulam mais de 10 mil motociclistas. A Faixa Azul de Santo André, assim como as já implantadas em São Paulo, obteve autorização da Senatran.

O projeto andreense é baseado na Faixa Azul de São Paulo e, para adequá-lo às necessidades do trânsito da cidade vizinha, os responsáveis pela implantação reuniram-se com especialistas da CET para alinhar questões técnicas do projeto como: largura das faixas de rolamento dos carros, da faixa exclusiva do ônibus e sobre as sinalizações de solo e vertical.

Santo André deu início ao projeto após análise dos dados de sinistros de trânsito da via que, em 2021, registrou 169 sinistros envolvendo motociclistas; em 2022, os acidentes aumentaram para 222; em 2023, subiram para 311. A alta foi o que levou o governo local a considerar a adesão à Faixa Azul. Circulam diariamente pela Avenida Prestes Maia 10.142 motociclistas.

“Visamos à segurança dos motociclistas que circulam na nossa região, e o projeto Faixa Azul se enquadra perfeitamente no que almejamos. É uma honra poder compartilhar o projeto de Santo André com os criadores da Faixa Azul. Essa parceria é enriquecedora e já nos direcionou para melhorias nas adequações”, declara Roger Gregório, engenheiro da prefeitura de Santo André.

Participaram também da reunião Patrícia Almeida, arquiteta, Silvia Vieira Cassiano Luiz, responsável pelos índices de mobilidade urbana, e Rita de Cássia Sant´Anna Nardelli, técnica dos estudos.

“A Faixa Azul é um grande projeto elaborado pela CET com participação maciça de vários profissionais dos diferentes departamentos. Foram feitos inúmeros estudos de campo e reuniões com os motociclistas para chegarmos nesse resultado. Trabalhamos na readequação do espaço viário para uma convivência mais harmônica entre carros, caminhões, ônibus e motos e, consequentemente, menos acidentes”, afirma o diretor de planejamento da CET-SP, Valtair Ferreira Valadão.

“Poder disseminar o conceito da Faixa Azul e trocar ideias com profissionais da área sobre os diferentes organismos viários é enriquecedor e contribui muito para a evolução do projeto-piloto Faixa Azul”, diz Valadão que, recentemente, falou sobre o projeto na Conferência Internacional de Segurança para Motos, na Espanha.

Autoridades de trânsito do México e das cidades de Porto Alegre (RS) e Feira de Santana (BA) também já vieram à CET para conhecer a Faixa Azul.

Texto: Lara Schulze